O que mudou (de verdade) no mercado de mídia nos últimos 10 anos?

Todo mundo sabe que o mercado de mídia mudou. Mas poucos realmente entendem como e por que ele mudou.

Não estamos falando de uma substituição do antigo pelo novo. A verdade é que vivemos uma era de convergência: meios tradicionais se reinventaram, plataformas digitais amadureceram e o consumidor se tornou multiplataforma, simultâneo e mensurável. Quem ainda pensa em "offline versus online" está, sem perceber, preso ao passado.

Multiplataforma não é tendência, é estrutura

Campanhas eficazes hoje são, obrigatoriamente, orquestradas em vários canais ao mesmo tempo. Segundo estudo da Kantar, campanhas integradas alcançam até 31% mais retorno de marca do que ações isoladas. O consumidor não distingue mais "canal", ele vive jornadas. E quem não conecta esses pontos, perde atenção e relevância.

TV aberta morreu? Pelo contrário.

A televisão aberta se reposicionou com inteligência. Parcerias com plataformas digitais, transmissões simultâneas e o uso de dados trouxeram nova vida ao formato. Enquanto isso, o crescimento dos streamings com anúncios (como YouTube, Pluto TV e Amazon Freevee) reforça o papel da TV como tela premium e altamente segmentável. De acordo com a Nielsen, 40% do tempo de consumo televisivo nos EUA já vem de plataformas (e o Brasil segue essa curva).

O rádio virou um canal de segmentação

Antes visto como um canal de massa, o rádio hoje se integra ao digital e opera como uma ferramenta hipersegmentada. Com o uso de dados locais e integração com apps e plataformas de áudio, spots conseguem alcançar públicos específicos com precisão cirúrgica. A mensuração e a customização viraram padrão, e a performance acompanha.

DOOH: quando o outdoor ganha vida

O outdoor estático tem o seu espaço, mas cada vez mais cede lugar ao DOOH (Digital Out Of Home). Telas inteligentes, programáveis, que mudam mensagens conforme o horário, o clima ou o perfil de audiência. Dados da ABOOH mostram que o investimento em DOOH cresceu 52% nos últimos 3 anos no Brasil, puxado por grandes capitais. A rua virou mídia viva, mensurável e estratégica.

O comercial virou consultor

A maior transformação, porém, está na postura. O papel do representante comercial mudou: hoje, ele é um consultor de mídia. O discurso não gira mais em torno de espaço ou volume, mas sim de solução, estratégia, performance. Isso exige domínio de dados, visão integrada e fluência em resultados. Vender mídia virou construir pontes entre marca e audiência com inteligência.

Resumindo…

Se há uma certeza hoje, é que a mídia não morreu, ela ficou mais inteligente. E exige o mesmo de quem trabalha com ela. Integração, dados, sensibilidade humana e inteligência de negócio são os pilares dessa nova era.

Ignorar isso é se tornar irrelevante.

Entender isso… é sair na frente.

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